A infância não é apenas um período de desenvolvimento físico, o viver esse momento influência com grande primazia a nossa vida adulta, inclusive as brincadeiras tão habituais dessa época nos remetem diretamente ao que somos hoje.
Sempre me perguntei o "por quê?" de ter escolhido a minha profissão, não que eu não seja uma boa profissional, ao contrário, tenho meu reconhecimento, nem que eu seja infeliz nela pois ela me dá prazer. Mas, sempre me indaguei a escolha desse caminho e esses dias, ao ler relatórios de auto-análise, existia um breve paragrafo sobre o assunto que me levou a concluir que não poderia ter outra profissão a não ser essa que eu tenho e não encontraria o meu caminho em nenhum outro lugar pois, desde criança, oque sempre fiz, envolvia a minha função na vida adulta.
Logo, eu nutricionista, me lembrei na infância de como todos os dias eu tinha que brincar com minhas panelas, que não eram apenas panelas e sim panelas mágicas que faziam a surpreendente transformação de elementos mágicos (ovos, arroz, macarrão, batatas e outros) , recordei de como eu assistia sem piscar o assar de um bolo e realmente me interessava por entender esse processo, que eu tinha não minha cozinha e sim um laboratório de sabores, com incríveis combinações de açúcar, shoyo, camomila e alcaparras!
Até quando tinha que participar de outras brincadeiras havia o envolvimento da minha profissão, por exemplo, quando médica, o remédio que receitava era saborosas e saudáveis comidas; quando professora, a merenda era a única coisa que acontecia na minha aula; quando dona-de-casa o auge da brincadeira era o jantar, se empresária era proprietária de restaurante ... e sempre essa relação com a alimentação.
Foi uma re-descoberta muito boa, interessante, além de achar a resposta, me permitiu que desfrutasse com gozo essa profissão.
E você, já parou para fazer essa análise? Que conclusão chegou?